Memorial de Piranhas

Piranhas é um município brasileiro do estado de Goiás. Localiza-se a uma latitude 16º25'37" Sul e a uma longitude 51º49'20" Oeste, estando a uma altitude de 389 metros. Sua população estimada em 12.000 habitantes. Possui uma área de 2054,7 km2. Gentílico: Piranhense.

A partir de 1947, com a conclusão das pontes, sobre os rios Piranhas, Macacos e Bom Jardim, é solidificada a integração entre Caiapônia, Bom Jardim e Baliza, esta, ainda no apogeu do diamante. É também fortalecido o intercâmbio comercial com Uberlândia, centro de abastecimento de todo sudoeste goiano. A rodovia ganha movimento e o povoado de Piranhas passa a concorrer com Caiapônia como centro de abastecimento regional.

Em 1951, elegeu-se Prefeito de Caiapônia Previsto Morais dos Santos, e como vereadores, Joaquim Teodoro Leite e Álvaro Antônio de Amorim, o Paraíba, representantes do povoado de Piranhas. Começam, então, os primeiros esforços pela emancipação política; o prefeito de Caiapônia, Previsto Moraes dos Santos, apoiou a luta emancipatória em reconhecimento aos piranhenses, cujos votos foram decisivos na acirrada disputa daquele pleito.

Em 11 de novembro de 1952, o poder público de Caiapônia aprova a Lei Municipal nº. 87, que eleva o povoado à categoria de distrito. Lutaram incansavelmente Joaquim Teodoro Leite, Nascimento José da Silva, apelidado Zé Dentista, e o Paraíba. Este último já liderando a construção do prédio da Prefeitura. Em 14 de outubro de 1953, o distrito de Piranhas foi elevado a município pela Lei Estadual nº 812, desmembrando-se, assim, de Caiapônia, cuja Comarca passou a constituir Termo. Era governador do estado Pedro Ludovico Teixeira, e presidente da Fundação Brasil Central, Archimedes Pereira Lima.

Paulo Sales foi nomeado prefeito interino do município pelo Governo do Estado, e em 1954, foram realizadas as primeiras eleições, com os seguintes vencedores: para prefeito, José Pereira de Vasconcelos (Zeca Ventura), e, para vereadores, João Batista de Faria, que foi o primeiro presidente da câmara, José João de Oliveira (Zé do Júlio), Valdivino Raimundo de Souza e Azarias José Machado (UDN), e Manuel Bispo Nascimento (Manelão), Paulo Martins e Joaquim Francisco de Souza, (PSD). Foram suplentes Jerônimo Ferreira do Carmo, da UDN, e Luiz Francisco Pinheiro, do PSD.

No começo do município, em virtude de sua posição geográfica e ligação rodoviária com o triângulo mineiro, o comércio local ligava-se mais a Uberlândia e Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, e a São Paulo e Rio de Janeiro, do que com a capital do estado de Goiás. A ligação com Goiânia só começou no final dos anos 50, em precárias estradas encascalhadas através da BR-158 até Jataí e, de lá, passando por Rio Verde, pela BR 060. Por volta de 1967, já era possível ir a Goiânia passando por Iporá, em carros pequenos. A travessia do Rio Caiapó era feita por uma balsa presa num cabo de aço, movida a remo e zinga.

A partir da emancipação, a pecuária e a agricultura tornaram-se a base econômica para o notável desenvolvimento alcançado em termos de produção, e na década de 1970 o quadro urbano assumia novas características com aspecto de evolução social, política e econômica.


Fonte:

SANTOS, Maria Glória de Faria Nunes dos. O município de Piranhas geografia, história e educação ambiental. Goiânia: Kelps, 2001. 173 p.);